Sabe aquele instrumento musical que deseja aprender há anos e nunca começa, ou então a casa que você sonha em morar mas não começou a montar uma reserva financeira para ela, ou até aquele negócio que você sempre quis abrir e não sabe por onde começar? São sonhos que não viram realidade porque, provavelmente, você não está sabendo traçar as metas de forma correta a ponto de fazer o seu cérebro persegui-las.
O caminho para transformar um sonho em realidade é simples e lógico:
- Todo desejo se transforma em um sonho.
- Um sonho quando escrito em um papel se torna um objetivo.
- Um objetivo dividido em metas se torna um plano.
- Um plano colocado em prática se torna uma realidade.
Parece fácil, não é mesmo? E o caminho é exatamente esse, no entanto, colocar em prática requer persistência, foco e saber onde você está e para onde quer ir.
A primeira coisa a ser feita é saber onde você está e para onde você quer ir. Se você já leu o livro ou assistiu ao filme clássico “Alice no País das Maravilhas”, vai se lembrar do momento em que a Alice não sabia onde estava e muito menos para onde ir. Quando encontrou o Gato Risonho e perguntou qual caminho deveria tomar ele respondeu:
“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve!”
Então é sobre isso: sem um Plano – tanto você como seu negócio – serão uma “Alice perdida”, um barco à deriva.
Já com um Plano, de olho no objetivo que quer alcançar, você vai se esforçar para ser disciplinado e vai encontrar uma forma de construir ou ajustar suas metas para seguir em sua jornada.
Quando falamos em objetivos e metas, algumas pessoas podem se confundir pensando que estamos falando apenas sobre sonhos.
Sonhos normalmente são desejos que ocupam nossos pensamentos e até conversas, mas que nem sempre viram realidade.
Ao ter uma mentalidade de crescimento, nossos sonhos se tornam objetivos.
Esses objetivos são desdobrados em metas que formam nosso Plano, que por sua vez nos guiam à realização do sonho, entendeu?
Uma vez que você sabe onde está em relação aquela situação, onde quer chegar, chegou a hora de construir as metas que formam esse plano. Para isso contamos com uma metodologia desenvolvida pelo consultor e estrategista estadunidense George T. Doran, em 1981, no seu artigo publicado “Há um caminho inteligente para escrever os objetivos e metas da administração”.
Nessa metodologia, suas metas têm que estar dentro dos 5 pilares que compõem a sigla que eu vou traduzir aqui para vocês. As metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais.
Abaixo vou explicar cada uma delas e você verá como elas são fáceis de serem construídas.
S de Específica – (Specific)
Ser específico, ao traçar uma meta, nos ajuda a deixar de lado a superficialidade e ser menos genérico.
Específico significa que temos que transmitir, da maneira mais clara e objetiva possível, o que queremos alcançar.
Por exemplo, uma resposta que escuto muito é: quero ganhar mais dinheiro.
Ótimo, mas e aí? Fazendo o quê? Quanto é esse “mais dinheiro’?
Seja específico ao traçá-la.
M de Mensurável (Measurable)
O mais importante, no pilar M da Meta SMART é você estabelecer um indicador, para saber exatamente onde você quer chegar, algo que possa ser mensurável, principalmente por meios quantitativos.
Além disso, nesse ponto, você terá que colocar na ponta do lápis todos os custos, necessidades e estratégias para alcançar o que foi estabelecido.
Ou seja: uma meta SMART precisa ter um indicador numérico que evidencie quando foi atingida.
Por exemplo, quero ganhar mais mil reais por mês. O indicador neste caso é o número mil.
Quando você atingir esse número, saberá que alcançou a meta, do contrário, ficará sempre com a sensação de que faz muito e parece que nunca faz nada.
A de Alcançável ou Atingível – (Attainable)
De nada adianta você lançar uma meta ousada se não é possível atingir o que foi estabelecido. Agora é hora de colocar os gurus de autoajuda de lado e fazer algo realista, ok?
O maior erro que vejo na criação das metas durante a aplicação do Método P, quando chegamos ao P de “Plano”, é receber no lugar de metas, um conjunto de sonhos inalcançáveis ou no mínimo, muito difíceis de chegar.
É muito importante que se tenha os pés no chão e os olhos fixos na realidade para que você não trace uma meta inatingível.
Se fizer isso, você irá se frustrar e se achará incapaz de evoluir.
Lembre-se que meta não é feita para inspirar, meta é feita para ser alcançada!
R de Relevante (Relevant)
Qual o ponto de chegada?
Onde você quer chegar?
É esse tipo de questionamento que devemos fazer ao estabelecermos uma meta SMART. O quanto aquilo é importante, relevante, para a transformação que o alcance desta meta trará para a sua vida?
O que será conquistado ao atingirmos essa meta?
Qual é o objetivo estratégico por trás de toda essa movimentação?
Atingir essa meta agregará valor aos resultados da sua vida como um todo?
T de Temporal (Time based)
Não é temporal de chuvas e trovões, mas sim relacionado ao nosso tempo que é nosso bem mais escasso e, portanto, mais valioso!
Quando colocamos a frase desse jeito, dá uma sensação de urgência e cuidado com o tempo que temos à disposição, mas serve também para usarmos o tempo como nosso aliado.
É necessário definir o tempo para que a meta seja atingida, ou seja, seu prazo para a execução e finalização, porque isso vai trazer foco e objetividade.
As metas SMART te ajudam a ter motivação para chegar no objetivo. Mas também não adianta criar metas fáceis só para dizer que consegue alcançar.
É por isso que aqui no Método P eu adicionei mais uma letra ao SMART, que foi muito bem colocada por outra pessoa que admiro muito que é o Wendell Carvalho, a letra D de Desafio.
Uma meta, como vimos, tem que ser alcançável, mas também desafiadora!
Criar uma meta desafiadora te possibilita sair da zona de conforto, pensar lá na frente.
O D é de Desafio, mas gosto de brincar que também pode ser D de Dilma, devido à analogia do meme da nossa ex presidenta da república.
Ela dizia: “Quando nós atingimos a meta, nós dobramos a meta!”
Desafie-se, use a “Meta Dilma”! Mas primeiro alcance a primeira etapa, e se for possível, depois dobre a meta! Uma meta desafiadora vai te forçar a crescer, vai te puxar pra cima!
Tem que ser desafiadora a ponto de te fazer voar alto, mas sem deixar de sentir a segurança que os seus pés podem voltar a tocar o chão com segurança.
Lembre-se que para chegar do Ponto A ao Ponto B é necessário passar por um caminho: trace pequenas metas e cumpra cada uma delas, pouco a pouco. Nada mais motivador do que sentir que está progredindo na jornada para o sonho. Quando você divide essa jornada em pequenas metas factíveis tem mais chance de chegar ao final. Isso acontece justamente porque vai ganhando confiança a cada meta cumprida.
Então minha dica aqui é: construa apenas 3 metas principais e não 5, 10 metas.
Caso você queira ou precise de mais metas para alcançar essas principais, crie metas intermediárias, ou tarefas para alcançá-las… um verdadeiro passo a passo.
E se a meta intermediária para alcançar uma final for atingida, use a “Meta Dilma”: alcançou a meta, dobre a meta! Ou até, substitua-a por uma nova meta.
Depois que você se acostumar a escrever suas metas dessa maneira, não vai conseguir pensar em metas de outra forma, até porque, desta maneira conseguirá transformar seus sonhos em realidade.
E aí, qual é a sua próxima meta?